O que se pode descobrir através do estudo das moedas islâmicas medievais? Parece que os dinares regulares de ouro e dirhams de prata emitidos pelos governantes Ikhshidid do Egito e da Palestina (935-69) seguiam uma série de regras compreendidas, mas não escritas. Como revela a primeira parte deste livro, essas normas envolviam quais nomes poderiam aparecer na moeda corrente, onde os nomes poderiam ser colocados (com base em uma ordem hierárquica estrita) e até mesmo quais partes de um nome muçulmano poderiam ser incluídas. O fundador da dinastia, Muhammad ibn Tughj, poderia usar o título honorífico al-Ikhshid; seu filho mais velho e sucessor poderia usar seu teknonym Abu al-Qasim; seu irmão, o terceiro governante, só podia usar seu nome Ali; e o eunuco Kafur, governante efetivo do Egito por mais de vinte anos, nunca poderia inscrever seu nome na cunhagem regular. Ao mesmo tempo, Cada um desses governantes foi nomeado no sermão de sexta-feira e a maioria teve seu teknonym inscrito em tecidos. As moedas de apresentação, equivalentes às modernas peças comemorativas, podiam quebrar todas essas regras, surgindo uma grande variedade de títulos, assim como uma série de moedas com representação humana. A segunda metade do livro é um catálogo de mais de 1.200 espécimes, permitindo que curadores, colecionadores e negociantes identifiquem moedas em suas próprias coleções e sua relativa raridade. Ao longo do livro são ilustradas peças numismáticas, acompanhadas de comentários sobre as suas inscrições, disposição e conteúdo metálico, bem como uma série de moedas com representação humana.
Livro: Islamic History through Coins
Autor: Jere L. Bacharach
Ano: 2016
Páginas: 220
País: Cairo, Egito
Idioma: Inglês
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